segunda-feira, 9 de agosto de 2010

O início, na versão dele...

O texto muito bem escrito pela Dani diz de forma bem poética e precisa o que se passou conosco. Foi um amor totalmente inocente, não planejado, mas que era tão intenso que se recusou a morrer só porque "as partes" não estavam dispostas. Ele tomou as rédeas da situação e foi nos levando para o caminho que seguimos agora, juntos. Mas é claro que eu tenho pontos a acrescentar... ;)
Como ela já disse, a primeira vez que a vi foi em 2003 e, diabos!, ela era mesmo mandona! Ainda pensei "de que adianta ser tão bonitinha se tem um gênio desses?". E assim foi, perdemos contato. Apesar de trabalharmos no mesmo órgão, são endereços diferentes. O que ela se esqueceu de mencionar é que a vi uma segunda vez, no final de 2007, em uma reunião de serviço na serra gaúcha. Aquelas reuniões chatas de encerramento de exercício, em que tudo o que foi prometido fazer em 2007 é reprometido para 2008 porque pouco se fez. Vocês sabem como é. E lá estava ela, linda como sempre. Simpática! Quem diria! simpática! Pensei com meus botões que precisava reavaliar meus pontos de vista.
Na verdade, quem a conhece sabe que ela irradia uma aura (não sei explicar, não sou religioso nem esotérico mas sei que é verdade) que atrai amigos, especialmente os do sexo masculino. Mas por mim, tanto fazia. Naquela época eu estava casado e nem pensava em separação, mesmo que o relacionamento existisse mais em papel que em afinidade. O velho problema da acomodação que, creio, boa parte de vocês conhece ou por experiência própria ou reconhece em seus amigos e parentes. Assim sendo, ela era apenas um colírio para mim, já que não havia nenhuma segunda intenção de nenhuma das partes.
E aí aconteceu 2009. Vocês sabem, a vida é aquilo que acontece enquanto a gente faz planos e segue a nossa rotina, seja ela boa ou ruim. Mas o destino não quer nem saber. Ele te atropela, muda sua direção e você que se vire. Em 2009, fomos colocados lado a lado num projeto institucional que envolvia planejamento, ou seja, algumas reuniões frequentes. Como já disse, trabalhamos em endereços separados, então nossa forma de contato mais frequente era o software de mensageria que usamos no trabalho. E quem usa esses programas (só uns 98% da comunidade de internet, eu acho) sabe que temos uma séria tendência a nos soltarmos bem mais do que em pessoa. No nosso caso, não era nada de mais. Apenas fomos nos tornando confidentes com o passar dos meses. E foi tão natural que eu não saberia dizer em que momento isso começou. Eu simplesmente não percebi.
O que eu certamente percebia era o quanto ela era uma mulher especial. Bonita, sim, mas isso não basta. Nunca bastou, pra ser sincero, nem pra mim e nem pra ninguém. Mas também inteligente, carismática, divertida e tantas outras qualidades que nem vou relatar porque o texto vai ficar grudento de tão doce. Mas foi por esse conjunto de atributos que eu fui lentamente me apaixonando. Tentei ao máximo não transparecer e sei que consegui. Ela mesma disse que só percebeu que sentia o mesmo "aos 45 do segundo tempo". Ou seja, não houve pressão. Eu não tinha sequer a pretensão de me separar porque havia alguns impedimentos sérios para que um eventual casamento entre eu e Dani desse certo (serão objeto de abordagem, quem sabe, num outro momento, não neste).
Por isso, segui apaixonado por ela mas de forma discreta. Pouca gente percebeu que havia algo mais do que eu deixava transparecer. E eu jurava que ninguém imaginava o que se passava no meu coração. Ha ha ha. Tolinho.
Nessas confidências, acabamos nos tornando bem íntimos. Eu falava a respeito dos problemas que tinha no casamento, ela me falava das muitas dificuldades que ela tinha com o namoro daquela época e etc. E assim fomos nos conhecendo mutuamente. Sem ter a intenção de conquistar um ao outro, acabamos fazendo isso mesmo. O interessante é que se houvesse essa intenção, talvez não tivesse funcionado. Todo mundo que tenta conquistar alguém faz o possível pra mostrar o que tem de bom, inventa coisas pra parecer melhor ainda e varre todos os defeitos pra baixo do tapete, de preferência do tapete do vizinho pra ninguém ver. No nosso caso, não. Éramos amigos trocando confidências, então mostrávamos o nosso bom e o nosso ruim. Nossas confusões emocionais, nossos medos, nossas carências. Ninguém faz isso pra conquistar alguém. Por isso deu tão certo. Quando os dois se perceberam apaixonados, sabiam exatamente quem estavam escolhendo. Não havia esqueletos no armário pra nos preocuparmos. Por isso vem dando tão certo até agora. E tenho certeza de que dará certo pela vida afora.
Outro fato curioso é nossa diferença de idade. Na verdade, isso não me incomoda mas sempre acho algo interessante. Meu pai é 9 anos mais velho que minha mãe e eu sempre achei isso uma diferença enorme. Pois bem, eu sou 11 anos mais velho que a Daniela. E no entanto, desde que começamos nossa vida a dois, eu rejuvenesci. Mais de alma do que de corpo, admito. Mas essa segunda parte também será trabalhada no seu devido momento. Ela me faz muito bem, me injeta vida nas veias. A ponto de eu ter mudado radicalmente de ponto de vista sobre alguns assuntos (isso também é outra coisa muito interessante na nossa relação e que será, um dia, objeto de escrita aqui. Vocês não perdem por esperar).
Mas chega. Já escrevi demais para um tópico de estréia. Vou controlar minha prolixidade (como se isso fosse possível) e encerrar por hoje.
O que será que os próximos tópicos trarão? Hmmmmmmm...

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