segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Os Delírios de Consumo do Casal Sensacional

Uma das afinidades do Casal Sensacional é a paixão pelos livros. Dannes e Celo são capazes de ficar horas e horas dentro de uma livraria, encantados, hipnotizados, e totalmente felizes. Especialmente se a livraria for dessas modernas, com setores de CDs, DVDs, papelaria e informática. Aí sim, pode ter certeza de que a fatura do cartão de crédito será mais polpuda no próximo mês. O Casal Sensacional pode ser freqüentemente visto na Saraiva, na Fnac, na Cultura... Esses lugares são quase uma extensão do Lar Doce Lar.
Como ambos estão em Brasília a trabalho e ambos consideram a cidade bastante estranha (ou, no mínimo, muito diferente), o Casal Sensacional tem procurado refúgio nas livrarias da capital federal. Brasília não tem muitas atrações. Ou, pelo menos, Dannes e Celo não as conhecem, são dois estranhos fora do ninho. Os pontos turísticos já foram conhecidos em outras oportunidades em que estiveram na cidade. O tempo não tem ajudado: muito calor (o que faz Dannes realmente passar mal) e chuva quase diária (o que frustra boa parte dos possíveis passeios ao ar livre). Assim, restam os shoppings. E, com eles, as fascinantes livrarias!

Entre as últimas aquisições do Casal, estão: 

O Prazer das Palavras - Vols. I e II - Cláudio Moreno: o volume I faz Celão gargalhar sozinho (fato que também ocorre sempre que assiste a House).

O Idiota - Fiodor Dostoiévski: sim, perdemos a montagem teatral de cinco horas no último Porto Alegre Em Cena, mas a crítica foi tão boa em relação ao espetáculo que despertou a curiosidade sobre a obra.

Exodus - Leon Uris: o livro que inspirou o filme de Otto Preminger, sobre os horrores sofridos pelos judeus na Europa e o êxodo desse povo em direção à Palestina em busca de um Estado próprio.

O Livreiro de Cabul - Asne Seierstad: Dannes possui algumas resistências em relação a determinadas obras (quer seja literária, musical ou cinematográfica), especialmente quando são muito badaladas. No entanto, passado algum tempo, às vezes, Dannes acaba se rendendo e dando uma chance. Foi assim com o Caçador de Pipas (livro pelo qual Dannes acabou se apaixonando). Foi assim com Maria Rita (para citar um exemplo musical, pois achava que a cantora forçava muito a semelhança com Elis). Na maioria das vezes, o resultado é positivo. Bom, o livro trata de um livreiro que enfrentou o regime talibã para proporcionar cultura a seu povo, fazendo um retrato das contradições extremas do Afeganistão.

O Tempo entre Costuras - Maria Dueñas: livro sobre o qual Dannes está depositando grande expectativa. Narra a história de uma jovem costureira espanhola que, apaixonada, se muda para o Marrocos às vésperas da Guerra Civil Espanhola e tem sua existência transformada por essa experiência, bem como pela Segunda Guerra Mundial.

E, é claro, foram adquiridos alguns DVDs também: Vinícius, de Miguel Faria Jr.; O Grande Gatsby (baseado na obra de F. Scott Fitzgerald); Quando Nietzche Chorou (baseado na obra de Irvin Yalom); Sinfonia de Paris (de acordo com Celo, o segundo melhor musical da história); Tootsie (um clássico); Homem de Ferro (desses filmes que o público masculino costuma gostar).

Logo, o Casal Sensacional tem muita diversão prevista para os momentos de ócio na capital federal!

Um comentário:

  1. Sim! Livros são mesmo algo fascinante! Gosto de manuseá-los, de sentir a textura do papel, o cheiro deles, de analisar a qualidade da impressão, a fonte usada... Tudo isso antes sequer de saber seu conteúdo. E quando este é de primeira qualidade então... Tudo se descortina!

    Dannes se esqueceu de comentar que antes dessas aquisições recentes, comprei dois livros muito interessantes do mesmo autor, Laurentino Gomes. Tratam-se de 1808 e 1822. O primeiro relata a vinda da corte portuguesa para o Brasil, fugindo da soberba máquina de guerra expansionista de Napoleão, que a todos conquistava, inimigos e até aliados. Os livros são muito bons porque relatam situações pouco conhecidas que ocorreram nesses episódios. Aliás, é lamentável como o brasileiro é ignorante com relação à sua própria história. Não é culpa apenas do pouco apego literário do nosso povo, o que está mudando pouco a pouco, felizmente. Também (e principalmante) decorre da versão simplista com que costuma ser tratado o nosso passado. Praticamente nada do que está no primeiro livro (ainda não comecei a ler o 1822, que trata da Independência) me foi ensinado na escola, apenas a versão romanceada, babaca e estereotipada que todos nós conhecemos.

    Os livros são fonte de uma extensa pesquisa nos arquivos nacionais e ultramarinos (muita informação vem dos arquivos históricos de Portugal, da Inglaterra, etc) e repleto de fatos inusitados. Eu mesmo sou muito pouco versado em história nacional e não sei o que mais há de bom sobre o tema mas esses dois livros podem e devem fazer parte da biblioteca pessoal de qualquer brasileiro, afeito ao assunto ou não. Como disse o Capitão Picard em um episódio de Star Trek, a vida só tem sentido se conhecermos a história e, de fato, sem ela, nada nos resta senão repetir os mesmos erros (lamento se a fonte da citação parece idiota mas existem pérolas perdidas em lugares inusitados, basta ficarmos atentos a elas).

    Também na bagagem de Brasília, alguns clássicos ainda pendentes (Dom Quixote de la Mancha) e outras cositas mais. Por sinal, sobre o "La Mancha", um dos livros do Prof. Claudio Moreno nos diz porque o "Canal da Mancha" deveria se chamar "Canal da Manga". Portanto, para vocês, mais estas duas recomendações: os volumes 1 e 2 dos livros saborosíssimos dessa sumidade do idioma pátrio. Imperdíveis!

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